Renato Gorgulho Psicanálise

A Psicanálise pode ajudar a encontrar o caminho, pois ela não trabalha com fórmulas prontas: cada indivíduo é único e indivisível na sua dimensão biopsicoespiritual. A Psicanálise procura se moldar às necessidades de cada paciente, sem seguir manuais diagnósticos padronizados, colando uma etiqueta na pessoa, estimatizando-a com um nome feio que ela intrometa e passa a viver o "papel" de doente no teatro de horrores da sociedade que massacra aquele que sofre mental e espiritualmente [e quem não?].
O Psicanalista ajuda o paciente a se curar [se é que existe cura total e alguém deseja curar-se realmente: são questões], pois no método psicanalítico o paciente é ativo. Se, como reza a piada, metade dos médicos pensa que são Deus e a outra tem certeza; o psicanalista tem de ter a humildade de colocar boa patê da cura nas mãos do paciente, o que não significa, evidentemente, omissão, mas abrir mão de qualquer laivo de autoridade e lugar de Saber.
Essa aparente contradição [o paciente ativo] é o pulo do gato da terapia psicanalítica, independentemente da linha, seja freudiana, junguiana, lacaniana, Logoterapia... Na verdade, feliz o paciente que encontra um psicanalista que mescla técnicas de acordo com pacientes, situações e pesquisa de acordo com cada caso. A Psicanálise tem muito de Arte. "Ars Longa Vita Brevis". Nesse adágio latino, arte significa técnica: a vida é muito curta para chegar à perfeição; mesmo assim, estudamos incansavelmente sempre em busca de sermos e termos o melhor para oferecer ao próximo o melhor que a Ciência a Experiência  e a Intuição podem proporcionar.